Resenha Anthology Quality Music Web Radio Volume 1 - Por Mariane Mattos

Abrindo a 1ª Anthology Quality Music Web Radio, há a banda Unmasked Brains com sua bem produzida Corrupt. A música é composta a partir de influências diversas no metal, desde passagens no estilo experimental e melódico a bases pesadas, com execuções precisas. A letra protesta contra a corrupção. The Weight traz o clima industrial da banda Kill My Name, que contem riffs bem compostos que caem muito bem com o “teor” sombrio que o teclado empresta à música. A faixa seguinte chama-se The Ultimate Truth. Esta é outra música muito bem executada e, neste caso, veloz, influenciada pelo puro Thrash Metal dos anos 80. Sem dúvida, a banda Prophecy é um exemplo de como levar o público ao mosh sem perder a qualidade. Conspiracy of Agony é uma banda que tem em seu vocal uma mulher, mas o vocal não é nada delicado, pelo contrário, é poderoso. A pegada da banda é “core” com influências variadas. Outra banda Thrash é a Forkill, que aparece na faixa 5. Sua música, Breathing Hate é empolgante, tem ótimos riffs, daqueles que ficam na cabeça! Thrash Metal presente na coletânea, Angry também não se deixa passar despercebida. A música, Coldness of the Soul, é boa e o vocal é semelhante ao da banda Korzus (Pompeu). Plague of God, da banda Stodgy, é muito bem trabalhada. O estilo deles é Death/Thrash Metal, mas as composições são bem originais. O vocal é potente, influenciado mais pelo metal extremo e as ótimas influências também são claras aqui, sem deixar as características próprias de lado. Permito-me dizer que eles soam mais Death que Thrash em vários trechos. Com bastante peso e uma bela melodia (que soa ao ouvinte exatamente o que quer transmitir), All the Lights Fades Away apresenta o Dark Metal da banda Dark Slumber. Há uma integração entre os elementos que faz com que eles se complementem de uma forma original. Isso mostra que os músicos são experientes e sabem o que estão fazendo. Outro ponto alto desta música é título, que harmoniza a menção à finitude e perdas. Megahertz é uma banda de Thrash Metal do Nordeste que traz à coletânea sua boa música Heroes. O vocal é bem rasgado e a pegada é áspera, típica do estilo. Hell of the Living Dead é o Death/Thrash Metal da banda Rattle. Essa banda possui, no vocal, aquelas sacadas de rasgado e gutural simultâneos, que tornam mais insana a execução. Há uma introdução breve e, após, entra o primeiro riff quebrando tudo, no modo mais característico do Death/Thrash. Outra banda que chama muita atenção é Sardonic Impious, que tem como estilo o black metal.

Os riffs e bases de Obscuridade Eterna são agressivos, possuem uma execução complexa e os músicos demonstram habilidade em seus instrumentos. Sabendo-se que o metal extremo é, por natureza, mais difícil de entendimento e execução, esta música destaca-se aqui por ter características tão boas quanto as de bandas clássicas estrangeiras, Mesmo quem não aprecia Black Metal deve arriscar-se à empreitada de ouvi-la. A 12ª faixa fica por conta da Darklight Corporation. The Fallen mescla a velocidade das bandas que possuem o sufixo “core” e em alguns trechos o teclado chega a remeter uma atmosfera próxima ao Dimmu Borgir, sem se apegar ao estilo da banda norueguesa, e apresentando outras vertentes do metal. Radical é uma banda do Uruguai que levanta a bandeira do Thrashcore. O início da gravação é um pouco confuso devido ao prato (seria China?) estar bem mais alto que os outros instrumentos, “apagando-os”. Certamente, ela representa bem o estilo aqui. Outra música bem empolgante, com solos bem feitos. Hypocrisy fecha a Antologia e é a música veloz da banda Vocífera, formada por mulheres, diga-se de passagem. É um Death/Thrash com pegada boa e bem atual (me lembrou de Torture Squad em algum momento), o vocal é variado quanto aos rasgados e guturais e o andamento é bem intenso. Por fim, a Antologia, representa muito bem a cena nacional (e latino americana). Tem ótimas músicas, cada uma com suas particularidades e estilos, que instigam a procurar por mais material de cada banda.