segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Entrevista: Revengin

Formada em 2008, a banda carioca REVENGIN já tem algumas conquistas asseguradas. Seu estilo Symphonic metal vem angariando seguidores a medida que vão ganhando estrada.

1- Começaremos essa conversa com a formação atual da banda e seu objetivo inicial.
A banda passou por uma reformulação há pouco tempo, com a saída do Rafael Silva, ex-baixista por motivo pessoal, hoje ela é formada por Bruna Rocha – Vocal, Thiago Contrera – Guitarras, Pedro Henrique França – Baixo, Diego Silva – Teclados e Hugo Bhering – Bateria. Após um tempo de total inércia, nosso objetivo principal hoje é voltar á ativa, á mídia. Porque infelizmente estamos em uma “Era” que, ao mesmo tempo em que a internet ajuda, ela também prejudica, uma banda hoje precisa estar lançando material novo mais freqüentemente do que há uns anos atrás, e o acesso a esse material por ser bem mais fácil, torna-o ultrapassado também mais rápido.

2- A banda logo mostrou suas músicas ao público, apesar do pouco tempo de estrada. O EP "Synergy Through The Ashes”, lançado em 2009, teve boa aceitação por parte da mídia especializada e do público?
Com certeza!  Eu cheguei a ficar surpresa com isso, por conter 4 faixas e nossas composições estavam bem experimentais. Digo isso, “experimentais” porque como era nosso primeiro trabalho juntos, as faixas ficaram bem diferentes entre si. Então, eu considero esse EP um laboratório, com o resultado mais que positivo!

3- O Revengin já tocou nos estados do RJ, SP e MG. Como tem sido os shows para a banda e como vocês encaram o atual cenário nacional em termos de espaço e público?
Todo show é único, nós aprendemos muitas coisas em cada um deles. Não importa se são pra 10 ou 100 pessoas. O público sempre nos surpreendeu com aceitação e empolgação. Nós sempre batemos na tecla que não importa muito (na atual conjuntura), nem nunca importou a quantidade, mas a qualidade.  Se houverem 5 pessoas tocadas pelo nosso som batendo cabeça, para nós é indescritível. E tem sido assim, por mais dificuldades que passemos, o que nunca nos deixa desistir é esse apoio. É muito ruim ver que o nosso cenário está tão defasado, tão gasto dessa maneira, com tantas bandas magníficas. Os fatores que contribuíram pra isso são inúmeros e são como uma bola de neve. Começam com atitudes e mentalidades ridículas de “produtores” que acabam refletindo e até influenciando o “público”. E, por mais estranho que pareça, até mesmo algumas bandas, contribuem pra isso. Infelizmente, cena não se faz com 2 ou 3 bandas, com panelinha. Há um clima de rivalidade e disputa, que só tendem a contribuir para a ruína.  

4- E quanto ao "Cymatics", o que podem nos falar sobre ele?
Então, o “Cymatics” é um álbum verdadeiro. Ele é 100% nosso e cada vírgula foi posta ali em verdade. O que quero dizer com isso é que todas as músicas foram compostas a partir de sentimentos, experiências e conflitos reais. Não foi um tema sorteado pra ser abordado do nada. O título, veio no final de todo o processo. Foi enquanto escutávamos as faixas e, em conjunto á isso, pensávamos sobre nosso objetivo, o que nós queríamos a partir dali, o que queríamos dizer. Era como um ‘sonho se tornando realidade, tomando forma. Foi quando o Hugo, por intermédio do destino (rs) assistiu um vídeo sobre “cimática”, que é o efeito das ondas sonoras sobre a matéria. Aí, o resultado foi esse.  Temos muito orgulho dele, por ter sido completamente composto por nós. Infelizmente, devido a problemas com espertalhões e pessoas de má índole, e até mesmo por inexperiência nossa, ele demorou mais do que devia para ser lançado e colocado no mercado, por não ter tido a atenção que merecia.    

5- A internet e suas redes sociais hoje viabilizam uma divulgação e resposta muito mais rápida para o trabalho de uma banda. Como vocês interagem com seu público e como está sendo a aceitação e resposta por parte deles?
A aceitação sempre foi maravilhosa, mesmo com nossa inexperiência e fazendo tudo errado (rs). Com o “Cymatics’, por ser um álbum mais maduro, acredito, que isso vem aumentando. E o mais legal, é que a galera que conquistamos com o “Synergy” continua fiel. Eu só sinto muito pelo tempo perdido com “assessorias de imprensa” que só nos comeram dinheiro. Fica a dica: Cuidado com quem promete mundos e fundos! Isso não existe pra banda talentosa. Parece até meio contraditório o que eu estou dizendo, mas o grande lance é o seguinte, se a banda é boa, com um bom trabalho na mão, vão tentar se apoderar dele, imprimir a marca deles e depois de vender o que não existe, eles vão te enrolar pra você continuar pagando e nada vai acontecer, a não ser pagar o casamento e carro novo do assessor com seu dinheiro e mais o de um monte de banda! Falo por causa.  E com isso tudo, perdemos muito tempo. E hoje eu vejo que se não tivéssemos caído nesse conto, estaríamos melhor. E com isso, estaríamos correspondendo melhor ao público. Principalmente aos fiéis. Mas, de onde saiu esse (Cymatics) tem mais (rs).  E, como eu falei a cima, a internet é ótima e péssima para uma banda. Eu tenho um relacionamento de amor e ódio com a internet (rs). Ela realmente dá uma resposta muito mais rápida, mas ela também te obriga a um monte de coisas e te impede de tantas outras. Muita gente hoje não vai á um show porque você consegue ver em tempo real na internet. Principalmente banda nova e autoral (rs). Material físico hoje, não é mais necessário. Então, é um verdadeiro “amor bandido” entre banda e internet (rs)!


6- As correrias do dia a dia e manter uma banda, que necessita muito tempo e dedicação. Como estão conciliando isso?
Simples, regime militar! (rs) brincadeira! Assim, hoje cada um de nós faz uma coisa na banda. Dividimos as funções para ficar mais fácil. E também porque também trabalhamos além de sermos músicos (rs, respondendo á uma pergunta de um amigo).  Mas nós arregaçamos as mangas. Às vezes, quase sempre, respondemos coisas de madrugada, compomos de madrugada, falamos de madrugada etc etc... O tempo que temos, usamos. E quando á um conflito entre as atividades, a banda vence. Sem sombra de dúvidas. Cansei de recusar churrascos (e isso dói, viu?!), viagens, e etc pra ensaiar, pra resolver qualquer coisa da banda.  Eu abro mão de qualquer coisa, de qualquer tempo livre pra me dedicar ao Revengin. Não há vitória sem batalha antes, não é mesmo?! 

7- Quais são os planos mais próximos do Revengin? O que podemos esperar para um futuro próximo?
Estamos trabalhando no material novo. Podem esperar um Revengin mais objetivo, mas coeso. Pesado. Em paralelo a isso, estamos trabalhando no clipe, que será lançado em breve. E algumas outras surpresas... rs

8- Fica aqui então a mensagem final da banda para os que a acompanham e também os ouvintes da Quality Music Web Radio.
Gostaríamos de agradecer de coração a oportunidade e o espaço. Parabenizar você por esse trabalho fabuloso que faz com as bandas e pelas bandas. Contem conosco, amigos! 

Facebook: Revengin

Um comentário:

  1. Opa, que maneiro! Já tive o privilegio de assistir a um show deles aqui no Rio e tenho um CD gentilmente cedido pela Bruna. Vlwwww!

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