domingo, 17 de agosto de 2014

Resenha EP: Hazy - Eternal rise

A carga sonora com inclusão de riffs de peso, vocal com agressividade na medida, muita técnica e groove presente, fazem deste EP um grande registro, de uma banda relativamente nova, com grande peso e promessa de promissores trabalhos. Assim são as impressões iniciais do trabalho realizado pela banda paulista, HAZY, neste EP, "Eternal rise". Rotular o som de uma banda como as pessoas se habituaram, hoje é mais difícil, visto que as bandas tem mesclado estilos e muitas vezes resultando em algo que fica difícil defini-los musicalmente num "rótulo". HAZY por exemplo vai te proporcionar Thrash, Groove e Death num resultado que deixou a banda com uma sonoridade incrível e certamente, as pessoas que ainda se surpreendem com o metal nacional, ao ouvirem ficam com a cara de besta ao saberem que se trata sim, de metal nacional. "Eternal rise" traz peso, técnica, riffs com consistência e coesão, aliados a solos marcantes. Outro ponto que ando reparando muito ultimamente é a presença do baixo nas músicas, visto que hoje parecem aparecer bem mais e sempre muito necessário para dar segurança ao andamento das músicas. Neste EP, a presença da bateria foi encaixada de forma perfeita, bem executada e de bom gosto. A parte vocal é sempre algo a se reparar inicialmente quando não se conhece muito uma banda. E nesse caso, posso afirmar que o vocal foi algo que me agradou muito também. Firme, rasgado e alternando timbres de uma maneira em que a qualidade e a capacidade estavam ali presentes. Enfim, todo o conjunto musical da banda se somaram de forma adequada, coesa, técnica e nos proporcionando mais uma vez, o amor pela música pesada bem construída. A qualidade do trabalho da capa foi algo que soma muito para "encapar" bem um conteúdo musical de bom gosto. Gostei muito e minha cópia é autografada rs. 
A energia que se ouve deste EP é algo para se mostrar aos amigos, é algo que merece apoio e respeito a um trabalho que até chegar em nossas mãos, existiu muito trabalho e dedicação por parte dos músicos e demais envolvidos. Ao meu ver, a banda mostrou originalidade, sua cara própria e certamente, tende a ganhar mais espaço na nossa cena. Diego Sachi - vocal, soube dosar muito bem suas variações de timbre e interpretação com qualidade. Tanto Eduardo Gochi - baixo, assim como Marcio Lucca - bateria, passaram a impressão de muito entrosamento e sincronia nas execuções. Agressividade na medida e um suporte vital ao desenvolvimento do trabalho. Mais uma vez, destaco também o baixo em suas execuções neste EP. Com relação a Vinicius Marcel - guitarra, contribuiu muito bem com solos que gostei bastante, distorções que sempre agradam a maioria e assim, completou com técnica e qualidade todo o registro da banda. Com relação as músicas, o EP abre com “Deception”, já mostrando logo o que citei sobre a parte vocal anteriormente. É de fato um trabalho que você irá desejar ouvir por muitas vezes. “Fall and rise” é a próxima, fazendo as coisas ficarem intensas. O gutural se alia a um instrumental com andamento mais cadenciado. Gostei bastante. Lembrando a fase de ouro do metal, vem então uma música muito boa mesmo, que deve se destacar neste EP. "Frail". Ouça atentamente e curta esse petardo. Chega então a sinistra “Eternal coma”. Ela traz andamentos de guitarra muito atraentes, assim como um cadenciamento que chamou a atenção. Não deve passar sem a atenção da maioria o quanto essa música foi muito bem construída. 
Diego Sachi, Eduardo Gochi, Marcio Lucca e Vinicius Marcel certamente deram um passo de grande importância na história do HAZY. Se o EP tem falha ou defeito? Poderia dizer que tem, ou seja: Sendo um EP, acaba rápido quando queríamos mais e o público brasileiro, não apoia o quanto deveria apoiar um grande trabalho como esse por exemplo. Mas enfim, parabéns a banda, que venham novas etapas.

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