sábado, 28 de junho de 2014

Resenha EP: Tamuya Thrash Tribe - United

Tamuya Thrash Tribe. Banda carioca de thrash metal. Era grande minha expectativa em conhecer o trabalho da banda há alguns meses atrás, devido a ouvir sempre palavras positivas sobre a banda como trabalho e como pessoas. Tive então a excelente oportunidade de contar com eles participando do último evento que a Quality Music realizou, na Planet Music (RJ). Eis então que após conferir a brutal carga sonora da banda, estava em minhas mãos este EP, "UNITED", ao qual vou passar minhas impressões, ainda que não saiba transmitir as técnicas que uma grande banda como eles se utilizam. Seu som pesado, denso e muita melodia em meio a pancada na orelha, é calcado no thrash metal com a agressividade de um trabalho forte, direto e bem construído. O vocal brutal também é uma característica que agrada muito, aliando-se a guitarras matadoras, baixo e bateria com precisão em cada passo, fazendo no conjunto total, algo que pode ser bem mais fácil de se trabalhar. A banda parece trazer emoção em seu som "vistoso", letras que nos trazem mais cultura e raízes. Uma aula de história de nosso Brasil. No decorrer do trabalho d abanda, percebe-se INFLUÊNCIAS de bandas como Amon Amarth. Um show de riffs, urros e batidas firmes e rápidas são alguns pontos deste registro. E tenha certeza, depois que ouvir a banda pela primeira vez, jamais se esquecerá ou deixará de querer saber algo a mais sobre eles. Um nome e uma banda essencial na cena nacional. 
O nome "Tamuya" vem da Confederação dos Tamoios. É a palavra em Tupi para Tamoio. É como um "trabalho de história" as letras da banda e se você prestar atenção, vai ver o quanto é bonita e deveria ser valorizada as raízes dessa história. Em relação a este EP, "United", ele teve seu lançamento independente, em 2011, já deixando claro que a banda tinha muito a oferecer e logo ganhou atenção e admiração de muitos. Abrindo com "Immortal king", que é um belíssimo vídeo de trabalho da banda, ela trata da história de Zumbi dos Palmares, trazendo guitarras que prendem a atenção do ouvinte. O vídeo te faz ainda mais ficar entusiasmado com o trabalho da banda. Riffs e bateria fazendo um trabalho incrível, que somado ao gutural/rasgado do vocal, colocam Immortal king como um destaque certamente deste registro. “Agonising and insufferable” é a próxima e a rifferama lá está novamente. O ritmo desenvolvido na banda torna a música muito atrativa. Melodias e belo solo de guitarra estão alí estão presentes. “1814” chega mais encorpada, pesada, trazendo também velocidade e melodia. Sua letra trata da chegada dos escravos ao novo mundo, os navios negreiros. O vocal está na medida, agradou demais! 
"Missions" traz críticas à catequese, do que foi imposto aos indígenas. Pode se perceber nessa música que a bateria se faz um ponto alto nessa execução, não deixando escapar a rifferama. “Uti possidetis” traz novamente o climão, as melodias e muito peso. Uma sonoridade bruta e sua letra trata de algo como direito de posse sobre uma terra. Muito do que é citado aqui nas letras não é bem desenvolvido nas aulas de história que o ensino brasileiro apregoa. "Tamuya" fecha o EP, quando você deseja muito mais pela frente. Música que dá nome a banda, Tamuya tem uma letra fantástica e cita coalizão indígena sobre a nação Tupinambá e os povos Guaianazes e Aimoré, que travaram luta contra a histórica escravidão portuguesa. Com certa velocidade ems eu andamento, coroa este EP como um grande registro. Pontapé inicial muito bem dado para os novos passos da banda. Tendo uma boa produção, deixando tudo muito em seu devido lugar, a banda e o EP são muito mais que uma aula de história. A banda com seu poderio sonoro traz uma energia avassaladora que ao vivo não te deixa alheio por um minuto. A banda também conta com muito carisma, coisa que hoje se faz mais necessário para atingir seu público. Thrash metal com poder sonoro intenso. rápido, melódico, honesto e brutal. Não há como não conferir e bater palmas. O metal nacional agradece o que a banda traz de valioso ao meio metálico e ao país. Neste EP a banda contou com: Luciano Vassan - guitarra e vocal, Leonardo Emmanoel – guitarra, Alex Tiyug – baixo e Guilherme Pollig - bateria. Sendo que atualmente João Paulo Mugrabi está no comando das 4 cordas.

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