segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Resenha: Rato no Rio - Evil Inside - Syren - Statik Majik - Kernunna - Tuatha de Danann


Rato no Rio, calor intenso em Bangu!!! Mas era dia de uma grande exibição de heavy metal...

A trama começou com o planejamento da ida até o RJ, já que eu estava em Volta Redonda/RJ (prefiro não lembrar o porque!). Em conversa com o Maycon Faria iniciamos a idéia de reunir umas pessoas e resolvido isso (com as correrias dos atrasos hahaha, boa história interna), estávamos então a caminho e chegando ao local do evento, Bangu Atlético Clube, deu tempo de umas Heineken, ouvir o sino da Igreja ensandecido, tempo de curtir a área, prever o bom clima que alí estava se instalando. Que prazer foi ver um público não coloridinho, não enfeitado, apenas munido de suas camisetas pretas, um bom jeans, ou algo muito próximo disso. Não era dessa vez um desfile de visual, era mesmo uma mostra do estilo de vida banger leal pra si mesmo, não exibição para outros. Logo fomos encontrando os conhecidos, os integrantes das bandas, muito receptivos a todo instante, a organização cuidando de detalhes pra tudo tornar-se algo que representasse a batalha que é construir um evento.  O merchandising das bandas era muito visitado, pois ali, o público dá atenção a isso, ele quer mais da banda, ele apóia, compra ou ao menos, procura conhecer mais, pois está envolvido mesmo. E convenhamos, merchan bom ali não faltava e com precinhos camarada. Posso descrever por horas os detalhes que por alí rolaram, mas não passaria a emoção que parecia estar em cada pessoa ali presente. Dado isso, subia então ao palco a banda carioca Evil Inside. Que grata surpresa foi conhecer a banda e nesse evento, poder estreitar um pouco a amizade com Fernanda Borges e Mike Nil, respectivamente vocalista e baterista da banda.
A banda imprimiu seu death metal melódico e podem escrever, com a vinda de seu EP, "Ruins And Deception", que logo sairá, a banda vai marcar seu espaço na cena, deixando seu nome ser uma constante aos apreciadores do estilo e até mesmo, os que se renderão não tão apreciadores do som mais extremo. Qualidade e carisma não lhes faltam. Por vezes é meio injusto citar "com quem se parece", dúvida que as pessoas sempre se obrigam a comparar som quando não conhecem a banda e querem ter uma idéia. Bem, eu diria que a banda tem muito a ver com Arch Enemy, mas certamente, a banda tem sua característica própria, sua personalidade. Sei apenas que: "Tenho ansiedade pelo EP que vem aí". O Syren subiu a palco e ali eu saia que veria heavy metal tradicional mandado com energia e já ciente da capacidade dos músicos. Luiz Syren e Guilherme de Siervi são músicos que acompanho há algum tempo. A banda trabalha seu repertório em cima do CD "Heavy Metal", que é uma grande obra, um trabalho para apreciadores do metal tradicional. E ali, levaram também alguns clássicos do dinossauros do metal, com o público sempre participativo durante todo o evento, entoando os coros, seguindo todo refrão, respondendo as solicitações das bandas com intensidade. Guitarra esmerilhando, vocal com grandes variações, feeling e uma mostra que o heavy metal não é estilo de música, mas um sentimento, uma meta de vida. O Syren deu seu recado e certamente deixou a platéia satisfeita. Caramba, era a hora então de subir ao palco a Statik Majik. A banda Stoner Heavy (hehehe) que eu já acompanho há um tempo e sei do que são capazes quando estão em ação. A banda veio recentemente de uma tour em terras gringas, assim como tour pelo próprio Brasil, trabalhando intensamente e com resposta altamente positiva. Vem crescendo com consistência e merecem, vejo-os trabalhando e são pessoas acessíveis se você deseja conhecer mais sobre o que fazem. Ali vive um espírito de luta, de vontade e dedicação. Bom, nesse evento, Luis Carlos e Thiago Velásquez estariam em cena com um novo guitar, na pessoa de Leonardo Cintra. Resultado dessa união: nova formação da Statik Majik e um show intenso. Música com precisão e muita diversão. É isso que falta em algumas bandas, subirem ao palco também para se divertir. A banda desfilou seu repertório com um público participativo a todo instante. Vê-los no palco foi prazeroso mais uma vez. A banda não vai respirar e segue em sua seqüência de shows. Deixo meu registro a receptividade de todos eles, mas parabenizo aqui o Luis Carlos, que é um batalhador que carrega a batalha com o coração a frente. E ele é um dos responsáveis pela cena na zona oeste do RJ dar mais esse passo. Era a hora do Folk metal tomar conta do local e para isto, o Kernunna ali estava. Trabalhando em cima de seu CD “The Seim Anew”, a banda parecia trazer para o palco um pedaço da Irlanda, com seu estilo folk/celtic metal. O público foi mais uma vez envolvido numa apresentação onde momentaneamente te passa na cabeça: "Os shows parecem curtos/Que pena, logo acabará". Mas enquanto ali estavam, a festa se fez presente e era uma evento tão especial, público tão afim mesmo daquela festa, que a banda deu seu recado ao que imaginamos: "folk metal tem um imenso exército de seguidores que não se imagina devido as publicações tão escassas".  Indico a conhecerem o CD da banda e se aprofundarem mais no estilo. Um trabalho sério, de quem realmente pesquisa, ensaia, se dedica a música. Eu diria que eles tem muito da suíça Eluveitie e a finlandesa Korpiklaani. Só como base hehe. Dando continuidade, logo veio o Tuatha de Danann, esperadíssima pelos que ali estavam.
Fundada em 1995, pelo multi-instrumentista Bruno Maia e o guitarrista Rodrigo Berne, sendo uma das pioneiras do gênero no Brasil, banda vinda de MG, mais precisamente Varginha. Para se situarem melhor, recomendo buscarem mais do Tuatha, do Kernunna, do Tray of gift e Cartoon. Verão a relação entre as bandas, mais precisamente, entre seus participantes. Alíás, nessa pesquisa, incluam também o Roça N Roll. Com relação a apresentação do Tuatha... Ah, que apresentação!! Passando por um pouco de toda a sua trajetória, a banda permitiu ao público ir ditando o repertório e certamente, se não fosse questão de horários a cumprir, aquele show tão cedo não terminaria. Música com acompanhamento do público é algo que incendeia uma banda. Incendiar é algo pensado, visto o calor intenso que ali fazia, mas não roubou a energia de quem estava pronto a apreciar aquele que certamente, foi um dos melhores climas de evento já realizados pelo Brasil. Parabéns a Rato no Rio, as bandas, organização, local do evento e principalmente ao público com total espírito metálico, um exemplo. Pessoas que foram para um show apoiar as bandas autorais, que valorizaram a cena de fato. O merchan foi outro ponto de destaque. Parabéns aos responsáveis pela motivação e que venha o próximo. Algumas fotos do evento: Rato no Rio

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