segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Entrevista: Eutenia

No momento que comecei a ouvir o material da banda paulista EUTENIA, o EP “Chymia I” (2012), confesso que havia algo diferente naquele estilo e fui buscar maiores informações. Abaixo então, vamos ver o resultado de uma conversa com a banda, falando um pouco mais sobre o seu trabalho, lembrando que a banda tem em sua formação: Renan Vieira - Vocalista, Diego Inhof - Guitarrista, Bruno Ricardi - Guitarrista e César Augusto Pintaúde - Baterista

1-Inicialmente, gostaria que descrevessem melhor esse estilo que definem como Metal fundido com outras vertentes do Rock.
Diego Inhof: É um estilo que talvez pudéssemos descrever como “livre”. Na Eutenia quando estamos compondo não existe estilo ruim, cada um tem um tipo de influência, de bandas que já tocou ou de bandas que curte como Iron Maiden, por exemplo, apenas colocamos aquilo que temos como influência nas composições e acaba saindo o resultado que temos. Em vez de fazermos cada música com um estilo, colocamos várias influências em uma música só.

2- Tendo sido formada em 2011, a banda surgiu com influências da variadas bandas, de estilos diferentes. Qual era o propósito inicial da banda e a sua atual formação?
Bruno Ricardi: A proposta inicial era ter um som bem parecido com a principal influência que tínhamos na época que era o Avenged Sevenfold e Bullet For My Valentine, porém resolvemos não nos prender a apenas um estilo e nos permitimos a receber vários tipos de influencias criando assim um estilo nunca visto antes no cenário nacional. 

3- Ouvi o EP “Chymia I” algumas vezes e gostei do resultado final, ainda que fique difícil imaginar essa fusão entre estes estilos. Contem-nos como foi a criação deste trabalho?
César Augusto: Foi uma doidera! (risos). Não nos prendemos a nenhum estilo específico. Como temos gostos bem diferentes dentro do metal, cada um apresenta sugestões bem distintas. Por isso você vai ouvir coisas como duetos de guitarra a la Iron Maiden e breakdowns metalcore na mesma música.

4- A banda tem em seu som passagens bem pesadas, rasgadas, mas também muita melodia e boas doses de feeling. Pude perceber isso em algumas outras bandas também. É uma tendência nova ou como definem isso?
Renan Vieira: Acredito que seja uma tendência mais forte agora, mas não tão nova assim. Talvez tenha vindo já do New Metal dos anos 1990/2000, onde misturavam bastante melodias e berros. Com o tempo foi se aperfeiçoando, criando novas formas de berro e acabou ficando mais forte essa pegada e rumando para o Metalcore. Criou-se um novo estilo de som e que atualmente várias bandas do cenário brasileiro estão seguindo. No nosso caso, criamos também influenciados por algumas dessas bandas que ouvimos e várias outras, não fazendo, necessariamente obrigatória a utilização de berros e partes melódicas numa mesma música.

5- E como estão os shows para a banda? Tem acontecido com frequência ou é algo ainda entrando no planejamento da banda?
Bruno: Ao longo do ano fizemos vários shows e no momento estamos mais focados em composição principalmente para o futuro lançamento do álbum em 2014, porém estamos abertos a qualquer possibilidade que possa surgir ao longo desse período.

6- Como tem sido a recepção de público e crítica especializada para o trabalho de vocês? O EP trouxe os resultados desejados?
Diego: Foi bem gratificante. Quando lançamos “Chymia I” pensamos em atingir algo mais local mesmo, em São Paulo, porém após o lançamento recebemos mensagens de vários lugares do Brasil como do Nordeste e de outros lugares mundo, em inglês elogiando a qualidade musical das faixas. 

7- Pergunto a muitas pessoas envolvidas na cena metálica o que acham do atual Heavy Metal nacional e também o que poderia ser feito para melhorar sua consistência em termos de eventos e apoio as bandas. De que forma vocês analisam isso?
César: Hoje existe uma nova cena no metal nacional, com muitas bandas ótimas, tanto cantando em português como em inglês e o público está apoiando esta cena, mas creio que estamos atravessando um período em que as pessoas não estão saindo muito de suas casas para conhecer bandas novas, isso está acontecendo em qualquer estilo. Não só no metal. Só que os outros estilos acabam tendo um apoio maior da mídia, o que acaba trazendo mais público, e consequentemente, mais investimento. Portanto, infelizmente o fã de metal tem que apoiar em dobro as bandas que estão aí batalhando para divulgar seu trabalho, porque se existe um público ativo participando de uma forte cena e indo nos shows, o apoio virá. Isso chamará a atenção da mídia e de profissionais como produtores de shows e empresários que acharão interessante investir neste segmento. 

8- Quais os planos mais próximos no caminho da Eutenia? Um novo registro está sendo elaborado?
César: Sim! Estamos compondo um álbum que será gravado em 2014. Pretendemos fazer um videoclipe também deste EP que estamos divulgando, mas ainda não temos data para o lançamento.

9- Fica então o espaço para a mensagem final para os que desejam conhecer mais sobre a banda.
Renan: Queremos agradecer a todos que aguentaram chegar até o fim dessa entrevista (risos). Agradecer a todo o apoio que temos recebido da galera. Na nossa página do facebook vocês conseguem pegar todas as informações sobre a banda, tem link pra baixar nosso EP de graça, com as músicas, letras, arte do EP. E é isso aí, nos vemos no próximo show da Eutenia!

Um comentário:

  1. ACHO MUITO GRATIFICANTE QUANDO COMEÇO A APROFUNDAR NA INTERNET E ME DEPARO COM BANDA COMO ESTA. O SOM ESTÁ PERFEITO, A GRAVAÇÃO ESTÁ PERFEITA. GOSTO DE SOM DESTE TIPO, SEM PRECONCEITO, SEM MEDO DE MISTURAR ESTILOS. QUASE TODAS AS NOITE DURMO COM OS FONES NO OUVIDO ESCUTANDO A MÚSICA DRÍADE. PARABÉNS À BANDA. ESPERO ANSIOSAMENTE POR UM NOVO MATERIAL.

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