terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cite alguns fatos PESSOAIS marcantes em relação ao heavy metal na sua vida...

Solicitei a alguns amigos envolvidos com a cena heavy metal, que eles citassem alguns fatos PESSOAIS marcantes em relação ao heavy metal na sua vida. Pelos resultados obtidos, sabia que deveria fazer essa matéria, pois há histórias valiosas, engraçadas e curiosas que acho importante dividirmos entre nós.

Carlos Alexgrave Brave (Brave) - Em 2005 fui assistir pela primeira vez um show do Nightwish, na cidade de Nagoya no Japão, eles estavam fazendo a abertura para o Angra. Quando eles acabaram de se apresentar fui na parte externa do local respirar um pouco. Quando um cara da Jovem Pan pergunta para mim se gostaria de participar de uma coletiva do Angra da tour do álbum "Rebirth". Eu disse: Me desculpa mas não sou fã de Angra, vim aqui para ver o Nightwish, pois sempre fui fascinado por Metal com elementos clássicos. Ai falei pra ele: Você não poderia levar meu encarte para eles autografarem, ai ele virou pra mim e disse toma a minha credencial e entra lá no camarim. Peguei a mão da minha esposa e disse: Vamos realizar um sonho, na época o Nightwish estava no auge. Entramos no corredor que dava acesso ao camarim, quando um segurança japonês me barrou, dizendo não pode entrar aqui. Eu falei pra ele sou do Nightwish ele me mediu da cabeça aos pés e disse tá bom pode entrar. Entrei no camarim e estavam todos bêbados, o Emppu guitarrista me deu uma garrafa de vodca e falou fique a vontade! Sabia pouco de inglês, quando de repente o empresário deles falou comigo em português De onde eu era? Falei: Você fala português? Ele disse sim, minha esposa é brasileira. Fiquei surpreso, pois tinha um cara que falava português no Japão, no camarim do Nightwish. Conversei bastante com todos da banda que foram super atenciosos, bebi vodca, peguei autógrafos, me despedi e fui embora. Eu e minha esposa até hoje lembramos desse show que foi surreal para nós.

Val Oliveira (Rattle) - Coisas que me marcaram? A sensação de ouvir um disco foda pela primeira vez, ou descobrir bandas ainda na adolescência é um exemplo. E isso é algo que você leva para o resto de sua vida! Imagine eu guri, ouvindo e vendo uma banda que eu já tinha ficado doido pela primeira vez, mesmo que pela TV? Fiquei maravilhado assistindo o Iron Maiden pela TV, em 1985. Um ano depois ganhei o “Somewhere in Time”, que se tornou meu favorito até hoje e não parava de admirar a capa e ouvir. O primeiro show, tanto com bandas locais, nacionais ou gringas também fica na memória. Mas, ser reconhecido pelo trabalho que você faz com sua banda também é algo que marca profundamente. E o lançamento do primeiro trabalho da RATTLE, de forma oficial, o split “Pain is Inevitable”, foi algo marcante também.


Lando Valério - Um dos show mais marcante na minha vida, foi sem duvida o Rock In Rio 3, "2001", com Iron Maiden e Rob Halford!! Fui doido na época para assistir o show do Iron pela primeira vez, para ver a volta de Bruce Dickinson, esperando muito e depois de muitas cervejas rsrs, foi anunciado o show do Halford, o qual eu só conhecia como ex vocalista do Judas. O som foi tão vibrante e empolgante que quando eu vi, já estava lá na frente sozinho curtindo e pulando muito, feito um maluco. Rob Halford foi perfeito, não tinha uma música ruim, equalização perfeita, vocal, guitarra, tudo na banda era perfeito, virei fã número um dele e da banda depois desse show. Perdi minha carteira durante a agitação no show, mas estava tão empolgado que não liguei. Já longe do palco sentado recuperando o fôlego para o show do Iron, fiquei decepcionado quando o show começou, pois era a volta do Bruce e a equalização do som estava horrível, o som sumia por diversas vezes, o técnico de som da banda mandou muito mal!! E na minha opinião a produção da banda se preocupou mais com os efeitos especiais do palco, do que com o som. Não deixei de ser fã da banda por isso, mas a minha maior felicidade naquele show, foi ter escutado o som da banda de Rob Halford, o qual pouco tempo depois foi chamado de volta para assumir novamente o vocal do Judas Priest !!!


Emerson Mördien (Les Mémoires Fall) - Posso citar 03 fatos que para mim foi e são marcantes: O dia em que fui pela primeira vez em show de heavy metal! Foi + ou - em 2003... Tinha uns 14 anos e foi aqui em São José dos Campos/SP, na casa Hocus Pocus! Vi um show com Thram, Overshadow, 02 bandas que não lembro o nome e teve uma que me marcou demais, a banda Battery, que tocava cover de Helloween e foi a 1ª vez que ouvi Helloween, por causa da banda cover! Até hoje lembro deles tocando Falling Higher! Outro fato importante, foi o dia que vi pela 1ª vez o Angra ao vivo! Foi no Kallabary em 2004 ou 2005 eu acho! A classificação etária era 16 anos e eu tinha 15 na época! Sorte que não pediram RG e pude assistir aquele belo show... O 3º fato e que mais me encheu de orgulho foi este ano, a luta, dedicação e todo trabalho para finalmente, depois de 08 anos tocando em várias bandas, conseguir gravar o CD full e lançar por algum selo, ter o CD prensado e talz. Acho que esse até o momento é a minha maior vitória dentro da música, do heavy e com a minha amada banda que fundei, a Les Mémoires Fall.


Thiago Donizeth (Mystic Atrocity/V.E.C.S.) - Tem o show do Testament, que fui com o pessoal da minha banda. Foi uma das melhores coisas na minha vida ter ido nesse show, afinal é a minha banda preferida hehe. Aqui em São José na Hocus Pocus, fui no show do Musica Diablo e depois do show eu tava lá tomando cerveja e o Derrick saindo pra ir embora. Consegui trocar idéia, deixei o CD e camisa da minha banda com ele, foi foda!! Tem também o meu primeiro show com a Mystic Atrocity, que foi em dezembro de 2009. Realmente isso vai ficar marcado comigo! Meu segundo show, nós abrimos pro Torture Squad, foi aqui em São José dos Campos, foi foda!!


Andreia Capraro (C4Fighter) - Uma das principais dela foi ter conhecido pessoas. Muita gente boa e também muita gente "fdp". Pessoas como Mariana Fernandes e sua irma Bia, meu produtor e os meninos da rádio que hoje estão na banda comigo, são pessoas que vem me dando muita força nesse momento de minha vida. Segundo, foi conhecer o meu produtor, o Daniel Heinz. Um ótimo cara, ótimo profissional. Tenho ele como um amigo. Tem inúmeras outras coisas, mas passaria o dia escrevendo e essas são as mais marcantes.

Marcelo Coutinho Pena (Absolem) - Alguns fatos pessoais marcantes: Uma tarde de autógrafos com o Kreator, onde tirei foto do lado do Mile Petrozza, que é umas das minhas inspirações como vocalista. Também conheci os integrantes do Metallica, quando eles vieram tocar no Rio de Janeiro, na tour do disco "And justice for all". E quando o Sepultura começou, eu conhecia todos os integrantes da banda, pois eles frequentavam a casa de um amigo em comum. Isso me fez cada vez mais gostar e curtir o estilo.

Fabio Absolem (Absolem) - Um show da banda Witchhammer, no DCE, da UFF... Quando eu ouvi a intro de: "Mirror my mirror", eu fiquei estranho rsrsrs. Aquela musicalidade agonizante, o vocal lírico, as guitarras distorcidas, e  o figurino da cantora de enfermeira.... muito emblemático... Isso no distante ano de 1990.


Vivi Alves (Mortarium/deCifra me) - Era uma noite de um show com a Mortarium e também estaria acontecendo um workshop, com Andre Matos, que é o meu ídolo, do outro lado da cidade. Então, eu terminei o show, larguei as minhas coisas com as meninas e parti correndo para o workshop do André Matos. Peguei um engarrafamento! Quase dei um troço, mas felizmente eu consegui chegar a tempo rs. Valeu a pena!


Gustavo Nascimento (Forkill) - Uma estória inesquecível para mim foi num show do Scorpions, Dio e Bruce Dickinson, há alguns anos atrás no "Qualquer coisa Hall" (aquele lugar já mudou de nome umas 500 vezes! hahaha). Enfim, num determinado momento do show, percebi que havia perdido minha carteira, pouco antes do show do Scorpions (último da noite). Eu e meu irmão fomos até a segurança perguntar e, nada... Ai, ficamos assistindo ao show, cabisbaixos, sem ânimo algum. De repente, parece que o Matthias Jabs nos viu e fez um sinal de "agita aê" com a mão! Eu e meu irmão nos olhamos, extasiados e até esquecemos  da minha carteira!!! Aquilo foi muito foda!! O cara realmente não queria ver ninguém pra baixo no show deles!!!! Até esquecemos  da minha carteira, que encontramos com a segurança da casa no final (obviamente, sem dinheiro...).


Luana Braga (Eternyx) - Um dos fatos marcantes na banda foi a abertura do show do Sirenia. Nós fomos convidados, assim como outras bandas, mas pra gente foi bastante especial, pois o público estava todo assistindo a nossa apresentação naquele momento e foi muito legal ver que a galera estava curtindo nosso som. Outro fato foi que há alguns dias atrás, nós nos apresentamos no Metanoia Gothic Fest, o fotógrafo holandês Tom Dekkers, que faz fotos de festivais famosos como Female Metal Voice, estava aqui no RJ, a passeio e viu o flyer no facebook. Ele fez várias fotos das bandas que estavam participando do evento e depois trocou uma ideia com a gente sobre como curtiu o nosso som.


Mili (Minatory) - Tudo começou numa manhã do final de abril de 2006. Naquela noite sonhei que estava sentada na mesa de um bar junto com os integrantes da banda Nevermore. O Steve Smyth estava triste, debruçado na mesa do bar e o restante dos integrantes da banda estavam preocupados. Perguntei ao Warrel Dane o que estava acontecendo. Ele me chamou para conversar do lado de fora do bar e relatou que o Steve Smyth estava doente. Três dias depois li a noticia sobre o afastamento do Steve Smyth no Nevermore por problemas de saúde. Fiquei surpresa, porque o sonho coincidiu com a realidade. Os sonhos com a banda se repetiram mais vezes. Os mais frequentes eram com o Warrel Dane. Isto me levou a pesquisar sobre a banda e a própria carreira do Warrel Dane que até então, para mim, era pouco conhecida. Em meados de agosto do mesmo ano, soube que o Nevermore incluiu o Brasil no This Godless Endeavor World Tour. Logo comprei o ingresso e passagens para Curitiba. Antes de fazer as malas, descobri que um casal de amigos meus, que são produtores, estavam organizando o show do Nevermore. Trabalhei com eles em shows de outras bandas e quando cheguei em Curitiba não pensei duas vezes em ligar pra eles e conversar sobre o show. Mas não consegui estabelecer um contato telefônico decente. As ligações estavam péssimas, eu não entendia nada do que diziam. Cheguei no local do evento pra passagem de som. Tinha muita gente na fila. Me preocupei em procurar a esposa do produtor. Fui pra porta lateral da casa de shows que dava acesso ao palco. Havia muita gente parada em frente a porta e um segurança estava contendo o público pro lado de fora. Entrei com tranquilidade e o segurança não me barrou. Vi a passagem de som do Nevermore e depois conversei rapidamente com os integrantes da banda antes deles se retirarem para o jantar. Não encontrei minha amiga, mas esbarrei com o marido dela e perguntei por ela. Ela viria mais tarde. Eu só a encontrei no show. Ela relatou que tentou me avisar, naquela péssima ligação, que não era para eu aparecer na passagem de som. Ainda bem que eu não entendi nada! No final do show ela liberou meu acesso pro camarim. Conversei mais um pouco com a banda, bebi com eles e tirei fotos... foi fantástico! O Warrel Dane não me deu muita atenção. Quando voltei pra casa achei estranho que a pessoa que mais apareceu nos meus sonhos foi a que menos me deu atenção na vida real. No dia seguinte ao show sonhei novamente com o Warrel Dane. Ele pedia desculpas por não ter sido atencioso comigo. Ele estava triste em ter perdido uma mulher muito importante na vida dele na noite do show. Acordei pensando que este era apenas um sonho maluco. Horas depois um amigo me contou que a mãe do Warrel Dane havia falecido no dia do show do Nevermore em Curitiba. Não acreditei muito no que ele disse porque eu tinha contado o sonho pra ele. Achei que era uma brincadeira. Entrei no fórum do Nevermore, no orkut, para checar esta informação. Lá encontrei um tópico em que as pessoas discutiam o profissionalismo do Warrel Dane de ter feito um excelente show em Curitiba no estado de luto. Fiquei muito surpresa e deixei de duvidar das mensagens dos meus sonhos. Após este episódio eu parei de sonhar com a banda mas continuo tendo sonhos que transmitem mensagens verídicas.

Aline C. Sampaio Happ (Lyria) - Um fato marcante foi poder conhecer o pessoal do Nightwish, em 2004 (só não conheci a Tarja e o Emppu). Um amigo meu me arrumou acesso ao camarim do Nightwish depois do show. Foi um pequeno grupo de pessoas. Falei com o Marco que queria formar uma banda tipo Nightwish. Descobri o Nightwish através da minha mãe, quando vimos a capa do CD Century Child, na FNAC. A capa interessou, fomos escutar e o CD era bom demais. E também, minha prima tinha 04 anos, quando eu mostrei a ela o clipe de "Stand my ground", do Within Temptation e ela começou a cantarolar com a musicas. "Eu vou citar um fato em especial, porque se eu for contar tudo de muito importante, legal que aconteceu em relação ao heavy metal eu escrevo um livro (risos).


Nienna Ni (Nostoi) - Eu adoro Cannibal Corpse. O George Corpsegrinder é uma referência pra mim, em termos de vocal (ainda vou fazer gutural) e presença de palco (ninguém bate cabeça que nem ele). Em 2004 teve o primeiro show deles aqui em BH e eu fui. Em 2007 teve o segundo show e lá fui eu novamente. Mas dessa vez eu consegui conhecer o George! Cara... quando eu fiquei cara a cara com ele, aquele cara gigantesco, com aquele pescoço gigantesco, eu não conseguia falar nada. Meus olhos só brilhavam e eu não conseguia parar de sorrir. Ele viu que eu estava com a blusa da minha antiga banda e perguntou se era a minha banda e respondi que sim. Ele perguntou se tinha site. Eu me virei e apontei pra parte de trás da blusa. Ele respondeu "Cool.". Eu finalmente consegui falar "Can I take a picture with you?". Ele foi super gentil. Eu agradeci e fui embora."


Antonio Alves (Templaria) - Fui começar a curtir heavy metal tarde, apenas aos 16 anos. Lembro-me que o primeiro álbum que ouvi foi por mero acaso. Peguei vários álbuns emprestados de um colega (ele me disse para passar pegar na sua casa os que quisesse, pois ele não estaria na hora que eu passasse). Dentre outros estilos lá estava o “Destiny” do Stratovarius, e do momento em que ouvi aquele CD em diante um leque de possibilidades se abriu para mim. Então vieram as bandas, formações covers.  Meus momentos marcantes ainda são os cômicos se não quase trágicos (risos): viajar em uma Kombi com o equipamento e banda completos e sem os bancos do veículo, de madrugada, debaixo de uma tempestade na Rodovia, te faz dar mais valor a sua vida (risos). Ter que ameaçar processar o produtor do evento Angra e Sepultura na minha cidade, para podermos tocar, já que o produtor queria nos cortar do evento, pois havia agendado bandas demais para o evento entrando em desacordo com o contrato com as bandas principais. Detalhe, nós encerramos o show para uma dúzia de pessoas e algumas centenas de latas de cerveja no chão (risos), mas foi gratificante não dar o braço a torcer (mais risos). Ter que repetir músicas do repertório, depois de quase 2h de show por que a galera ainda quer mais. (Essa não é trágica [risos]). Mas dentre muitos outros fatos, acho que o melhor de todos é lembrar o primeiro show completo com as músicas autorais da Templária, sendo aplaudido, pois não há nada melhor do que ser reconhecido por um trabalha completamente seu. E claro que não existe emoção maior do que o primeiro palco dividido com meu filho, ao qual dei as primeiras noções de música e influenciei a gostar do nosso bom e memorável Heavy Metal. E hoje é a segunda guitarra da Templária.

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