quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Resenha CD: Pagan Throne - Swords of blood

Pagan Black Metal... Assim a horda carioca Pagan Throne traça sua estrada e lança agora seu registro, intitulado "Swords of blood". Toda sua temática nos leva aos bárbaros guerreiros, as antigas civilizações pagãs e a defesa de toda sua história. É como um culto aos seus deuses e um reconhecimento as suas origens. A começar pela belíssima capa e o material gráfico de qualidade e bem informativo, tudo se torna ainda melhor quando o CD começa rodar e as caixinhas de som nos trazem este valioso trabalho. O clima incial nos remete ao meio de uma grande batalha, os acordes vão surgindo e você já solta o primeiro sorriso de que vem algo brutal, matador e muito bem elaborado pela frente. Chega arrepiar quando se ouve com fone de ouvido e bem alto, como tem que ser. Essa é a Intro "Invasion", que prepara a cena para a brutal e maravilhosa "Swords of blood", que empresta seu nome ao CD. 
Dificílimo destacar algo, quando tudo parece funcionar muito bem. Rápida, agressiva, letal. O poder sonoro da banda é matador! Conseguem cadenciar peso, velocidade e passagens mais trabalhadas, de forma inteligentíssima. Rodrigo Garm (vocal), Raphael Casotto (guitarra), Eddie Torres (baixo), Alexandre Daemortiis (bateria) e Hage (teclado) são os responsáveis por esse registro. "Rites of war" dá sequência ao CD, iniciando com riffs firmes, batida dando sustentação e cadência, somado ao trabalho marcante do baixo e o vocal que mostra grande força e qualidade. Os pedais trabalham bem e tornam a música muito atrativa. Juntando tudo aqui apresentado, você se pega de boca aberta, marcando o ritmo junto a banda. Cabeça batendo é essencial, você é levado a isso facilmente. Os solos se encaixam com perfeição e o ritmo é frenético. "Fallen heroes" abre de forma intensa. E o bicho pega. Rápida, direta e com um andamento maravilhoso. Impossível não se render ao trabalho da banda. em algum momento, me veio Cradle Of Filth a mente. Curti demais a parte vocal e guitarra usadas nessa música, mas baixo e bateria não ficaram atrás, de forma alguma. Firmes, fortes, intensos. "Northern forests" já se inicia de forma brutal, é avassaladora. Todo o estilo da banda fica bem explicito. Tudo parece funcionar muito bem, seja individualmente ou mesmo no conjunto da obra. Vejo coesão no que foi construído. 
"Beast of the sea" chega na sequência, com um grande clima em sua Intro, logo voltando a bruta carga sonora detonada pela banda. Uma música rápida, refrão forte, grandes passagens e bateria dando um grande destaque, seja nas batidas rápidas, nas boas viradas, no bumbo sendo massacrado (no bom sentido hehe). "Kingdom rises" abre de forma épica, com participação adicional de vocal por Vivi Alves, das bandas "Mortarium" e "deCifra me". É uma música que faz junção de elementos que dão mais características diferenciadas ao nosso metal, mas o peso e a rapidez se fazem presentes com certeza. Foi outra que gostei demais. É tarefa árdua uma resenha onde tudo é perfeito e você tem que buscar a concentração para não se perder só batendo cabeça. "Dark temples", instrumental, tem clima sombrio, melódico e te dá a chance de recuperar energias. Uma viagem! A banda soube muito bem encaixá-la no CD e mostram um lado de mais feeling, mas não se esqueça: eles são pancada na orelha!! "Path of shadows" vem te avisar que infelizmente o CD está acabando, mas antes você vai saborear esse hino brutal. Que levada, que energia e como foi bem criada. Um grande trabalho. Vai estar na playlist constntemente. "Pagan Heart (Acoustic version)" é a música que encerra com chave de ouro essa obra. Teclado bem presente e sua execução construindo mais um hino. Lindissíma música. Um trabalho de encerramento muito bonito para uma banda pesada, direta e que representa muito bem o nome do metal nacional. 

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