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É nítido como a banda evolui a cada novo passo! Seu som bruto, técnico e pesado na medida certeira é um registro onde a banda destila seu poder sonoro sem deixar de ser tradicional em seu estilo. LACERATED AND CARBONIZED mescla muito bem o peso, o som brutal e os arranjos bem trabalhados, não deixando em momento algum faltar qualidade em seu trabalho. Técnica, riffs certeiros e vocal gutural aliados a muita fúria, com letras bem interessantes, nos retratando temas como violência e problemas do cotidiano, como a corrupção que infesta o mundo. "The core of disruption" é um registro intenso da banda, death metal bruto, com dinamismo e construção perfeita. Quando cito evolução na banda, me direciono por exemplo ao vocal, muito mais a vontade e direcionado, rifferama com mais técnica e novos elementos. Em relação ao baixo, pode se perceber mais presente, não apenas fazendo marcação habitual, apensar de já conter muita técnica em trabalhos anteriores. E também a bateria, ao meu ver, muito melhor, com grandes variações. Todos esses detalhes que já eram bons, sendo aperfeiçoados, tornaram a banda ainda melhor, onde seu trabalho agressivo não deixa pedra sobre pedra. A sonoridade do registro é de fato muito boa. Em relação a parte gráfica, além da qualidade, a arte define muito bem todo o conceito abordado. Ali está retratado o caos que a banda aborda em seus temas. O Lacerated And Carbonized conta com: Caio Mendonça - guitarra, Jonathan Cruz - vocal, Paulo Doc - baixo e Victor Mendonça - bateria. Abrindo com “L.A.C.” e “Third World Slavery”, você já tem o pensamento de saber o que vem pela frente, mas muita surpresa, boas variações irão te prender a atenção neste trabalho.
É intenso, mas contém melodias que te surpreenderão. "Awake the thirst" dá sequência, de forma direta, bruta e com um solo de guitarra muito bem colocado. Assim também achei "O Ódio e o caos", cantada em inglês. "Unnatural aggression" tem um andamento bem death moderno deixando nítida a qualidade do trabalho da banda, que pode acrescentar novidade e não perderá sua essência. “The Candelária massacre" traz uma espécie de volta a calma com uma sensação mais limpa, melódica, mas não se deixe enganar. "BloodDawn" chega agressiva, mas também proporciona cadência e grandes passagens individualmente. O peso e a cadência nela contida fazem dela uma faixa muito considerável no trabalho. "Call for blood" não me chamou muito a atenção, mas não deixa a qualidade cair. É bem dosada, com uma criação onde mostram propriedade no trabalho. A batera ficou muito bem nesta música. Mais cadenciada, "Final enclosure" dá segmento ao registro e então chega suavemente "Corrupt foundations", onde violão, dedilhado e percussão se fazem presentes, servindo de preparo para a próxima música, a brutal "System torn apart", que me faz lembrar trabalhos anteriores da banda, fechando esse CD de forma a coroá-lo como um registro necessário na coleção, na constante audição e no reconhecimento do que a banda vem construindo em sua estrada.
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