quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Dentro do heavy metal em geral, quais as "subdivisões" que mais te atraem? E como você define os que escutam metal em divisões diferentes da que você escuta? Defina o radicalismo dentro do heavy metal.

Com essas 03 questões acima, podemos constatar o que pensam as pessoas ligadas ao heavy metal com relação a rótulos e pré-conceitos... Tudo é metal!! Não precisa curtir o que o outro curte, apenas respeite!!

Ronnie Giehl (Forkill) - Abrindo uma gelada aqui para pensar melhor!! ..., curto muito Hard Rock '70 Hard Americano ''80, Metal Tradicional, N.W.O.B.H.M., Thrash Metal, Death Metal, Hardcore/Punk, ProgMetal, Classic Rock, sou um pouco eclético dentro do gênero Rock/Metal !!  Acho que as subdivisões dentro do Metal devem ser apenas para definir o som de determinada banda, fora isso acaba gerando o radicalismo, atrapalhando o crescimento da cena. Acho que as coisas melhoraram de uns tempos pra cá e espero que melhore mais! Respeito o gosto pessoal dos que escutam estilos que nem curto muito e como disse Chuck do grande Death , tirando a primeira palavra tudo é Metal!!


Rogerio Vilela (Silent Hall) - Dentro do metal em geral as "subdivisões" que mais curto são: heavy metal tradicional, heavy metal melódico, hard rock, thrash metal, punk rock, algumas banda de death metal, e por ai vai... Se eu for ficar lembrando de sons e banda a lista só vai crescendo (risos). Vejo com muita naturalidade quem ouve metal em divisões e/ou estilos diferentes do que eu curto. Isso cai no lance do gosto pessoal e daquilo que mais atrai a pessoa. Ainda bem que tem estilos pra caramba e muita gente pra curtir esses estilos, seria muito chato se fosse só uns dois ou três, né... Bom, defino o radicalismo, seja ele dentro ou fora do metal, como uma atitude de intolerância com as diversidades e de inflexibilidade perante as opiniões, gostos e desejos de outras pessoas. Na verdade a atitude radicalista não me agrada nem um pouco. O que vejo é que isso só traz problemas, pois leva ao desrespeito ao outro e isso, na maioria das vezes, gera atrito e complicações. Não há nada que substitua um bom diálogo, para que as posições sejam claramente definidas e a partir dai se busque o consenso. No meio metal sabemos que existem pessoas que são radicais em relação aos estilos que curtem e até em relação a algumas bandas e artistas. Como disse antes, não curto esse tipo de atitude e pra mim a galera deveria entender que o outro tem todo o direito de não curtir o que você curte e gostar de outro som e de outra banda. Trocar uma ideia sobre os diferentes estilos, argumentar, buscar explicações, tudo isso é muito legal, mas tem que ser feito na paz, tranquilo, sem que nenhum dos lados se exalte a ponto de complicar a conversa e/ou discussão. A dica que dou pra isso é o seguinte, se junte com os parceiros que curtem outros estilos, vão tomar umas cervejas e trocar ideias, numa boa, vocês vão ter uma experiência agradável, dar muitas risadas e provavelmente vão continuar curtindo as mesmas coisas de antes, ou não... (risos).

Fabio Absolem (Absolem) - Eu curto todos os estilos de Heavy Metal. Mas tenho preferencia pelo Death, Prog, e pelo Metal tradicional. Sou de uma época em que íamos curtir vários estilos de metal no mesmo evento. Curtíamos Metal e todas as suas subdivisões. Hoje ficou muito segmentado, o que se reflete no publico pequeno nos eventos. Para conseguir fazer o Heavy Metal mais forte no país, entendo que esse espírito deve novamente ser evocado. Apoiar o Heavy Metal e todas as suas vertentes, independente dessas diferenças pequenas, que só enfraquecem o Metal no país.



Roner Bastos (Evil Minds) - Thrash Metal, Doom Metal, Metalcore, Power Metal. Bom minha definição seria a de respeitar, já que o Metal tem suas várias subdivisões, cada pessoa tem um gosto diferente e acaba se atraindo a um determinado tipo de som, ou pela sua técnica musical, ou seja pelo vocal, ou pelo que as letras da banda transmitem a ele, e etc. Nesse caso eu usaria aquela famosa frase de um antigo comercial de cigarros “cada um na sua mas com alguma coisa em comum”. O fã do rock pesado não apenas aprecia as músicas, ele vive para elas, toma o heavy como uma extensão de sua vida. É fiel, não se preocupa com modismos ou tendências, ao contrário, tende a repudiá-las. No entanto, essa temática aparentemente rebelde e desafiadora por vezes acaba sendo mal interpretada por alguns de seus próprios seguidores. Existem os que acabam por pensar que, para ser um headbanger, há a necessidade de parecer mau, de ser sujo, de se embriagar diariamente e dar vexame em locais públicos, de maldizer tudo aquilo que não está no contexto do metal. Existe um outro lado da história, que é composto por um enorme contingente de pessoas que buscam no metal uma forma de diversão, de entretenimento e de vida, sem ter a necessidade de fugir do convívio social e sem perder o respeito por aquilo que é exterior ao estilo. Coisas como o tipo de vestimenta, o tamanho dos cabelos e outras que formaram o estereótipo do headbanger jamais deveriam ser usadas como meio de se avaliar a real índole de um ser humano.

Douglas de Almeida - Sou fascinado pelo power/melodic metal, sinfônico e também algumas bandas com influências folk. Acho incrível a junção de música erúdita e folclórica mundial com o peso do rock e metal. São parceiros na música, mesmo que eu não entenda o por que deles preferirem determinada divisão. Só espero que elas sintam o mesmo que eu sinto quando ouço meu som preferido. Para mim esse radicalismo me parecia coisa da galera das antigas, conservadores e tal, mas tá rolando até com os mais novos no meio. Acho que a facilidade com que temos contato com os artistas e até com outros fãs de metal hoje em dia, nos faz querer ser mais "críticos", gerando muita confusão á toa. Se parássemos de julgar os estilos, bandas e artistas, e cuidássemos de nossas obrigações como público e futuros músicos, poderíamos criar um ambiente mais saudável pras bandas.



Gustavo Maiato (Heavenside) - O subgênero que eu mais gosto e que eu mais ouço é o power metal. Principalmente o que eu chamo de "escola Helloween", que é algo mais rápido e bem melódico como Stratovarius, Sonata Arctica, Angra, Nightwish, Rhapsody of Fire, etc. Mais eu sou bastante eclético dentro do heavy metal. Ouço muito death metal (Opeth, Morbid Angel), black metal (Dimmu Borgir, Cradle of Filth, Immortal) e o tradicional (Iron Maiden, Black Sabbath, Dio, Judas Priest). Sobre as pessoas que ouvem apenas um tipo de metal eu digo que é como ir a um bom restaurante e pedir sempre o mesmo prato. Eu acho que existem bandas louváveis em todos os subgêneros do metal e também em outros estilos musicais. Quem se limita a um único subgênero muitas vezes é porque tem vergonha ou acha que vai ser mal falado se descobrirem que ele tem um CD do Guns and Roses ou do Tristania guardado em casa. Acho que esse tipo de atitude só contribui para a desunião no meio do heavy metal, mas felizmente é a minoria. Esse radicalismo não leva a nada. É ruim para a própria pessoa, pois ela ficará privada de ouvir uma boa banda de um estilo diferente e é ruim para os músicos que precisam enfrentar mais essa barreira para difundir sua música.


Adriano Azevedo (Evil Minds) - O que mais me atrai mais é o Heavy Metal Tradicional e também o Thrash Metal. Para mim, cada um tem seus estilos e seus gostos, o que não pode rolar são diferenças e atritos, pois o intuito de todos é ouvir um bom Metal e curtir as suas bandas favoritas. Querendo ou não, dentro de vários estilos e também subdivisões, permanece um só, que é o verdadeiro METAL.


Henrique Coqueiro (RATTLE) - Certamente o Thrash e o Death Metal. Estes foram e ainda são os estilos que mais me influenciaram e influenciam como músico e que ainda mexem comigo de uma maneira diferente. Mas também aprecio bastante o Heavy Tradicional e o Stoner, além de escutar outras subdivisões com menos frequência. Escuto outras coisas fora do heavy metal também, principalmente o Classic Rock. Entretanto, não me preocupo muito com essas denominações, apenas escuto o som e se gostar está tudo certo. Apesar de não gostar de todos os estilos e subdivisões existentes, seria de uma presunção e prepotência absurdas me dar o direito de poder definir todos aqueles que escutam outras subdivisões dentro do metal as quais não se adequam as minhas preferências. São pessoas diferentes de mim, que gostam de coisas diferentes e se sentem felizes e/ou realizadas de modo diferente que eu, e só. Radicalismo é o argumento, a postura, a ferramenta do incauto, do estúpido, do paranoico, do pouco confiante, do separatista, do arrogante. Acredito em posicionamento político consciente e crítico (nada a ver com partidarismo) e não em radicalismo. Acredito no posicionamento maduro, questionador, argumentativo, lógico, coisas estas que vão na contramão do radicalismo. Há que se deixar claro que não existem somente duas possibilidades de se posicionar no terreno do heavy metal: sendo radical ou sendo aquele que aceita tudo, que acha tudo normal ou válido. Como arte marginalizada, o heavy metal precisa se proteger sim da “contaminação” exercida e advinda principalmente de nosso modelo capitalista de sociedade e toda sua massificação, perda de sentido e significado. Todavia, não considero o radicalismo como o caminho mais inteligente nem produtivo, muito pelo contrário, o considero contraproducente e alimentador de estigmas e preconceitos. A mim parece que o radicalismo apenas “pseudoprotege” o sujeito de suas próprias limitações e questões mal-resolvidas. A história da humanidade é bem clara no sentido de mostrar quais são os frutos de posturas radicais. 


Daniel Iannini (RATTLE) - Eu particularmente não gosto muito dessas divisões que são feitas e da maneira que são utilizadas. Isso gera uma separação no meio musical, mas creio que seja interessante pra ser utilizado como ferramenta pra informar em primeiro momento a idéia de determinada banda, mas isso não fica interessante em ser usado para definir o som de uma. Dizer que banda é de Heavy Metal “tradicional” é assumir que só vão tocar de determinada forma, acho que isso empobrece, generaliza, rotula... 


João Lavinas (Magnetc) - Eu me atraio por quase todas subdivisões do heavy metal. Desde o extremo até o progressivo, chegando a passar pelos folk, power, técnicos, “hardcorizados” e etc... Particularmente a zona de conforto dos meus ouvidos fica no groove e thrash, mas gosto de muita coisa. Eu costumo não gostar das vertentes modernas que misturam rap, eletrônica, djs, ou até aquelas vertentes que soam pouco heavy metals como os metalcores. Meus ouvidos não aguentam essas coisas. Não consigo definir quem gosta de metalcore sinceramente. É algo tão nojento, que meus ouvidos não conseguem tolerar 02 minutos dessas músicas. As de rap e eletrônica considero que simplesmente não é o heavy metal de verdade que faz o deu coração bater junto com os bumbos. Não é aquele sentimento real do peso da guitarra distorcida, o baixo socando teu peito, simplesmente. É de se entender o radicalismo dentro da cena heavy metal, afinal, quem gosta daquela banda “underground” que você achava que eram poucos que conheciam ter um vídeo postado pela “VEVO”? Quem gostaria de ver alguém num show de uma banda de death técnico com uma camisa do Avenged Sevenfold? São essas minhas pequenas considerações.

Emerson Mördien (Les Mémoires Fall) - Curto inúmeras vertentes do heavy metal! Em especial o doom, gothic, death ,metal melódico, thrash e um pouco de black metal. Acho que existe espaço para todos os gostos de metal... Uns em larga escala e outras em menos escala! Eu só não aprecio muito o prog metal, mas claro, respeito todas as vertentes e seus públicos! O radicalismo no metal ainda existe, mas creio que em maior escala em relação ao white metal! Não tenho nada contra bandas white! Desde ue não fiquem maquiando seu som e fiquem querendo entrar em eventos de bandas não white! Mas acho que existe espaço para todas as vertentes do metal, mesmo sabendo que no Brasil o death metal e o thrash metal é o que ainda impera como os preferidos da maioria! Mas o mais importante é que o metal sempre exista. Não importa sua vertente!



Reinaldo Leal (Unmasked Brains) - Não tenho especificamente uma ou mais subdivisões específicas. Depende daquilo que eu ouço e acabo por gostar. Numericamente falando, digamos que ouço mais thrash e death. Os que escutam metal em divisões diferentes? Normal, gosto é gosto. E essa pergunta é ponte para a outra, sobre radicalismo. Que a liberdade esteja sempre presente para ouvir qualquer tipo das (sub)divisões. Cada um que curta aquilo que queira curtir, sem encher o saco! E que no final das contas, seja tudo metal. All Metal!

Obrigado pela colaboração de todos... \m/



Um comentário:

  1. Eu escuto todos os tipos de Metal, menos o Metalcore e White Metal. Acho que sem esses dois gêneros seria muito melhor. Mas ainda acho que no nosso meio Headbanger há uma certa resistência de estilos pra estilos. Soa até folclórico isso...

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