quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Entrevista: Flora Leal (Baixo/Tevadom)


Ela é baixista da banda carioca de thrash metal TEVADOM, uma pessoa que aprendi a admirar no palco e fora dele. Por vezes sabemos muito de uma banda, mas acabamos deixando de conhecer um pouco mais de seus integrantes, de curiosidades e relatos curiosos. Então, Flora Leal vai nos dizer um pouco mais sobre ela e em breve, outras pessoas aqui estarão.  

1- Música como terapia, música para te fazer feliz... Como a música pesada entrou em sua vida e quando decidiu tocar um instrumento?
Minha influência com o Rock veio de berço com influência do meu pai, cresci ouvindo os clássicos como Guns, ACDC, Aerosmith, Stones, U2, Bon Jovi, Black Sabbath, Deep Purple e por aí vai. Mas com 16 anos mergulhei no metal. Na escola todos os meus amigos eram músicos, então eles tiveram grande influência pra mim, um dia sentei na bateria e consegui segurar o tempo e um amigo me falou que eu deveria fazer aula e começar a tocar. Desde esse dia não parei mais. 

2- Acredita que a música possa unir pessoas? Elas realmente podem conscientizar ou influenciar pessoas?
Claro. Nesses meus 8 anos de música ganhei muitos amigos. A música tem uma magia que nenhum meio de comunicação tem e ela consegue atingir aquele momento que cada pessoa tá vivendo. 

3- Comunicação social - publicidade e propaganda. Quem é Flora Leal no campo profissional? É realmente uma área que você abraçou por paixão ou apenas um bom meio de vida? 
Comecei a graduação fazendo Administração de Empresas e no 5º período decidi mudar para Publicidade & Propaganda. Sempre amei a área de comunicação e criação. Como já trabalhava no Dpto. de Marketing de uma Rede de TV, foi só um empurrão. 

4- De baterista por amor, tornou-se baixista. Já vi e admirei o estilo como baixista. Como se deu essa mudança? Ainda se vê tocando bateria futuramente?
Eu comecei na música como baterista, tinha uma banda feminina de metal core que se chamava Antígone. Sai da banda por motivos pessoais, mas hoje, depois de 03 anos estamos retornando aos ensaios e em breve aos shows. Minha mudança para o baixo foi inicialmente por necessidade, eu fiquei 01 ano parada e estava me sentindo morta por dentro, incompleta. Então surgiu a oportunidade de tocar com a TEVADOM e agarrei com tudo. Em 01 semana eu já tinha baixo e estava na aula. Foi difícil acompanha-las no começo, elas são excelentes musicistas, então corri e corro muito atrás pra fazer o meu melhor no palco.

5- Certamente ninguém quer ter 'prejuízo' por ter uma banda, ainda que seja por amor. Mas como encara as viagens para aos shows, os ensaios, instrumentos,... Apesar das correrias, é sempre muito especial as histórias que nos sobram pra contar, correto?
Pra mim é sempre uma viagem. Eu moro em Cabo Frio na Região dos Lagos no Rio de Janeiro e os ensaios da TEVADOM são na capital do RJ. Então para ensaiar encaro 2h de estrada. Mas eu amo tanto que essas 02 horas não interferem em nada. Buscamos ter uma boa relação e negociação com os produtores dos shows, nós queremos tocar e eles querem o nosso show, então tem que ficar bom para ambos os lados.  

6- Atualmente ouço muito definições como "banda feminina" ou algo assim. Penso que não deveria haver esse rótulo. O que acha disso e como vê o crescimento das bandas em questão no cenário metálico?
Esse é um assunto meio polêmico dentro da cena (risos), mas vamos lá. Não vejo o “banda feminina” como rótulo, mas como um meio de atrair a atenção. Existem bandas femininas ruins e que buscam usar esse termo achando que vai ter destaque, falo por experiência, não vai. Se uma banda feminina se propõe a usar esse termo, sem problemas, eu uso nas minhas bandas, mas quando subo no palco, por mais feminina que eu seja, não estou ali pra posar pros outros, eu subo pra ser igual a qualquer outra banda, independente do sexo. Tem que ter pegada, tem que ter paixão e principalmente feeling.  Esse é o segredo. O crescimento vai de acordo com as oportunidades que as bandas possuem. Questão de sorte também, tratando-se de Brasil. Mas hoje eu vejo muita banda boa, com conteúdo,  investindo em estudo e equipamento. A união das bandas vem ajudando esse crescimento também.

7- Fanática por Metallica (vide foto da nova tattoo), por gatos e bichos em geral, apreciadora de boa cerveja, de amizades, de coisas fofinhas, bateria. Defina você por você mesma.
HAHAHA, de frente com a Gabi? Brincando.rs. 
Sou uma mulher de 26 anos que tem a síndrome do Peter Pan. Sou apaixonada por bichos, tenho um respeito enorme por eles. Sou apreciadora de boa música, principalmente thrash metal, sou fã do Metallica, assim como Testament, Exodus, Slayer e Vio-lence. Gosto de sentar num bar com os amigos, ouvir um bom rock e beber uma cerveja gelada. Amo filmes de terror e suspense. Meu desenho favorito é South Park e Simpsons. Gosto do que é simples.

8- O que faz Flora Leal feliz? Do que ela precisa para viver bem?
Música. Preciso estar em contato com a música o tempo todo. Preciso estar no palco, em contato com o público, passando toda a minha energia enquanto toco. É essa troca que me faz feliz.

9- No meio metálico conhecemos muitas pessoas. Nas redes sociais adicionamos muitos contatos. Mas, na vida pessoal, você considera ter muitos amigos? Pessoas que de fato possa contar, querer estar próxima?
Amigos de verdade eu tenho poucos, meus amigos são especiais, amo muito e tenho um respeito enorme por cada um, faria qualquer coisa por eles. 


10- Ler e ouvir elogios sobre ser bela deve ser algo freqüente. Mas musicalmente, o que escuta e lê de opiniões (que julga verdadeira e não bajulação)?
Eu sempre gostei de ouvir críticas, consigo evoluir mais com as críticas do que com os elogios. Minha performance melhorou muito por causa de um toque que eu levei de um amigo. Por mais que eu ouça e leia as pessoas falando que eu sou foda tocando baixo, isso e aquilo, eu tenho o pé no chão pra saber que não sou. Estudei 03 meses de baixo, o que são 03 meses de baixo pra quem fez 03 anos de bateria? Isso não é nada. Mas como estou vivendo um caso de amor com o baixo, voltei a estudar e quero me aperfeiçoar cada vez mais nesse instrumento.

11- Mensagem final para os que nos acompanham.
Muito obrigada pelo espaço e a galera que quiser conhecer a TEVADOM, só curtir nossa page no facebook: 

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