Formada no ano de 2007, a NACIONARQUIA elabora seu trabalho em português, com temas voltados aos problemas sociais e políticos do nosso cotidiano. Diria que fazem metal com pitadas thrash, trazendo ainda influências de bandas como Rage Against The Machine, Pantera, um toque de Slayer. Lançado no ano de 2011, "América Latrina" traz o quinteto com bom entrosamento e construção do trabalho registrado. Funnai (vocal), Magriça (baixo), Roger e Vianna (guitarras), Dan (vocal) e ainda, Rodrigo (bateria) encaram o registro com seriedade, numa avalanche de críticas que combinam muito bem com o atual momento do país. A parte gráfica do CD é de qualidade e bom gosto. Bom, quanto as músicas em si, o trabalho inicia com intensos riffs, já dando a ideia da sonoridade que vem pela frente. Nela já se pode captar o que os 02 vocalistas terão para vociferar aos ouvintes. Solos amparados por uma cozinha segura e segura, dando sinal que estão no caminho certo. Vem então “Política de Sangue” e tenho certeza somente essa palavra: política, já causa nojo nas pessoas. Nada melhor então essa faixa que é destruidora e passa um pouco da raiva que sentimos por tais vermes que controlam nosso país (não apenas o nosso, como o mundo em geral). Chega então “Prece para o diabo” trazendo na letra um atrativo a ser atentamente observado. O instrumental é algo digno de aplauso. Tente não perder o ritmo acompanhando os vocais e baixo em destaque. "Durma criança" traz um pouco mais de cadência, uma certa pausa para recarregar o fôlego. Curti muito! Hora então da faixa título "América Latrina" chegar para ir determinando o bom andamento do trabalho, sendo esta precedida por "Acorda Brasil". Sinto nesse instante pitadas thrash presentes, aliada a cadência que a banda desenvolve muito bem. “A Rua é a urna do povo Cansado”, é a próxima e realmente assim tem sido. O protesto é real. Segue então “Porque não?” e “Revolução, continuando a avalanche de protestos em meio a sonoridade pesada que o Nacionarquia desenvolve. E fechando esse registro, “Eu sou Brasileiro (e não presto pra nada)", que agora após o povo mostrar sua indignação de forma mais prática, pode se dizer que prestamos para algo rsrs. Em resumo, este CD é um registro da realidade do país, assim como musicalmente é um trabalho bem feito, com peso, sonoridade e sangue nos olhos.
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