domingo, 14 de julho de 2013

Seven Bless e DAOS - Show em Volta Redonda/RJ 12/07/13



Comemorando o dia mundial do rock, a Dark Side organizou mais um evento em que pudesse haver essa confraternização. No tradicional Clube Umuarama, em Volta Redonda/RJ, alí se reuniriam três bandas para apresentações com tal propósito. Fechado com as bandas e estruturação do evento, foi dado início a divulgação, causando expectativa no público mais novo, devido ao estilo. Chegado finalmente o dia do evento, uma banda comunica a poucas horas antes do evento que não participaria mais e segundo fui informado, pela "mistura de estilo". Quer dizer que a banda não se informou antes de fechar sobre o que iria rolar? Que tocar com bandas também do contexto rock/metal causa isso? Ao meu entender, um grande erro da banda assumir essa postura, ainda mais, a poucas horas do início do evento firmado. A banda em questão toca cover de heavy metal tradicional e as duas outras, cover de Slipknot e System Of A Down. ao meu ver, nenhum problema de estilo entre elas. Mas enfim, há que se valorizar quem se dedica e participa. A banda em questão é de Volta Redonda/RJ e coube então as bandas Seven Bless e DAOS fazerem sua parte. Particularmente acho que o público mais jovem deve mudar sua postura e ampliar seu "leque musical". Buscar agregar novas bandas em seu conhecimento. E em modo geral, o público metal valorizar mais as bandas nacionais, não ficando somente por conta dos grandes dinossauros, em que muitos vivem agora apenas da sombra do que já foram um dia. Bandas nacionais de extrema qualidade podem hoje facilmente ter seu material encontrado e valorizado o esforço gigante que empenham em construir seu caminho. Eu, Vanderley, confesso não me enquadrar no estilo das bandas que tocariam, mas não posso deixar de reconhecer que elas movimentaram e muito aos que estavam presentes neste evento. O local estava cheio e havia uma grande expectativa, formada por um público mais jovem, que vem somando nos shows aos veteranos bangers que conhecemos. É necessário dar a eles tempo para que conheçam e se qualifiquem com um gosto mais apurado, ainda que isso seja algo pessoal. Podemos apresentar a história do metal, principais influências, estilos, mas devemos respeitar ao que escolherem para si. 

Muito bem, era então hora da banda Seven Bless estar no palco e começar seu set. Alí levariam cover da banda Slipknot. Devidamente mascarados hehehe, a banda criou um clima já intenso com o público que foi bem receptivo. Creio que mesmo não sendo fã dessa linha de som, é inegável perceber que a banda realmente proporcionou o que os presentes ali para vê-los o que eles queriam. Seven Bless subiu ao palco e deu o seu recado e se não me engano, era a estréia  da banda em eventos. Um passo para ganharem bagagem e daí, ir lapidando a sua estrada. Chegado ao fim de sua apresentação, ocorre o que não pode, que é ir o Marcelo da Dark Side com um microfone no palco hahaha. Não pode por quê? Porque ele com um microfone na mão se empolga e como já é figura carimbada no cenário, seus "fãs" adoram a zueira que começa. É amor demais hahaha. Falando sério, é um cara que tem carisma com o público  sabe o verdadeiro espírito do rock'n'roll. Gostem ou não, está na estrada proporcionando espaço a bandas a mais de uma década. E já a algum tempo, vem comandado por sua Madame Dark Side, Rosana Reis. Bem ou mal, gostem ou não, estão proporcionando algo com empenho, ainda que as correrias surjam pra quem faz. Vejo a Dark Side querendo ouvir seu público e muitos se calam. Vejo ataques sem fundamento, quando não é feito diretamente a eles, de forma sorrateira e maldosa. Críticas são sempre olhadas, mas há que se ter fundamento, coragem de criticar apontando uma solução, um apoio. Afinal, nem a própria Dark Side é a "dona da verdade". Vamos somar porra!! Feito as devidas considerações, a banda D.A.O.S. - System of a Down Cover está no palco ajustando detalhes para iniciar seus set. Eu não tenho porque esconder, não gosto de SOAD e não sou muito fã de banda cover, mas não posso negar que muitas bandas até pelo carisma e por estarem trabalhando o que eles preferem, merecem o respeito. Particularmente acho que as bandas autorais deveriam despontar mais e as covers deveriam investir sim no material próprio, até mesmo com a influência da banda que prestam esse tributo. Vão descobrir creio eu, um prazer intenso ao compor a primeira música autoral. Mas é apenas minha opinião, o respeito que tenho é inegável ao trabalho de cada um. O público deve pensar que estarão ouvindo música, apoiando evento, mas peço que sejam mais atenciosos com as bandas autorais. 

Enfim, estava no palco a DAOS e  público se apertou, não mais tirando os olhos do palco, entoando junto qualquer refrão. A banda soube muito bem cativar, criar um entrosamento com o público que ali estava para reverenciá-los. Tive o prazer de conversar com alguns integrantes antes do set e pude perceber que se dedicam de verdade ao que fazem, que estavam alí movidos pelo amor ao que fazem. Não basta subir ao palco e detonar os acordes. Há que estar envolvido, afim de dar o sangue naquele momento. 
A DAOS, vinda de Guarulhos, surgiu em 2006 e já rodou em diversos locais pelo Brasil. Ali estavam agora para marcar seu nome no cenário da região. Se perguntar a quem estava presente se gostariam de vê-los novamente, creio que maciçamente dirão com certeza. Lobo - vocal, Renan - baixo, Anderson - bateria e Willian - guitarra pareciam a vontade e souberam aproveitar a participação do público. Falando em participação, Raphael Heros, da banda Social Decay, de Volta Redonda/RJ, também esteve no palco e contribuiu com a performance atiçando o público, que correspondeu! Lobo, o vocalista em cada pausa fazia suas intervenções com o público, trazendo-os para a roda de agito e também sabiamente discursando palavras que lembram os protestos ocorridos pelo país, mas pelo visto, estacionados. A banda criou mesmo por várias vezes uma roda de agito, mosh e geral cantando junto a banda. Não há muito a descrever, senão parabenizá-los. 

O evento contou mais uma vez com o DJ Lost Zone, que também movimentou bastante aos que se entregaram a balançar o corpo na "pista". Vejo em São Paulo muitos eventos com bandas de metal aderindo a esse 'acréscimo', que sempre foi algo a não imaginarmos. Há restrições e não cabe em qualquer evento, mas foi do agrado de muitos, sempre que ocorreu. Penso que a região está necessitando de um evento hard/heavy tradicional e outro evento extremo. Vem por aí agora o Rock In Rio, o Black Sabbath e também o Slayer com Iron Maiden. Por isso, se fará necessário que o público mostre vontade e apoio para um novo evento ocorrer. Parabenizo as pessoas que vieram de Vassouras, Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Resende e demais localidades. A Quality Music Web Radio mais uma vez apoiou e cobriu o evento, esperando que  público participe, dê sugestões e faça parte da cena metálica regional de corpo e alma, resgatando a magia de haver confraternizações entre amigos e apreciadores do bom e velho metal.

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