Chega em mãos o registro da banda paulistana Mad Old Lady,
formada há pouco mais de 02 anos, com old
school e acrescentando elementos como gaita, banjo, piano e harpas,
tornando a banda com identidade própria e um resultado surpreendente. Um cd que
apreciei demais. São 10 músicas autorais, escrita pelo vocalista Eduardo. Além
dele, divide os vocais com Marcelo, Guilherme e Tiago nas guitarras, Gabi no
comando do baixo, Guga na baquetas e o Rafael no teclado. Com muito peso nas guitarras,
o Mad Old Lady consegue encaixar bem instrumentos que diríamos 'estranhos no
ninho'. Vi algo assim em outras bandas e realmente quando bem utilizados,
trazem algo valioso no toque final do trabalho. A melodia é sempre presente no
som da banda. Hard/Heavy puxado a gloriosa década de 80. A parte gráfica foi
caprichada, apesar de sentir falta de uma foto da banda. O encarte trás as
letras, assim como info de contatos da banda, que hoje é muito necessário a
quem acompanha a banda, para novidades correrem mais rápido e abranger um maior
número de pessoas. Partindo propriamente pro cd, para as músicas em sí, podemos
então perceber melodia já nos primeiros acordes.. Abrindo o cd vem
"Glances in the dark", que já me deu excelente expectativa sobre o
que viria pela frente. Certamente repetirei muito: melodia, guitarras, vocal e
refrão, batidas precisas, baixo marcante.. É que assim se faz por todo o cd. As
músicas ficam presas em tua mente. Então, nessa primeira faixa a levada, o
andamento já te posiciona, mas não te livra das boas surpresas que virão.
"King", a próxima faixa é épica. Te carrega pelo mundo viking eu
diria rs. A banda me lembrou algo também de Blind Guardian. A banda me veio a
mente, mas não achei ainda o comparativo exato. Um solo de guitar nessa faixa
se faz presente ao fundo e todo o andamento da música é carregado por um coro
melódico, batera mandando bem e a banda esmerilhando no geral. "Power of
warrior" dá seqüência ao trabalho,
cola a banda no trilho de um hard rock com consistência. Essa música ao
vivo deve agitar bem a galera. Tento achar semelhanças de vocal, mas suas
variações o colocam com uma característica própria e de qualidade.
"Prison" é a próxima. Cheguei a lembrar do Primal Fear, de Bob
"gaita" Dylan e de outros mais, mostrando o quão diversa é a banda,
mesmo com sua identidade própria. A banda trabalha bem cada refrão, que aliado
as melodias, deixam sempre aquela sensação de quero ouvir novamente. Até que
chega a faixa "Too blind to see", que se tornou uma de minhas
preferidas. Cdzaço de uma banda que merece espaço!! Guitarras mandando bala e
logo entra o vocal para conduzir mais uma faixa de grande destaque. A bateria
sempre fazendo sua parte com imensa energia. Baixo se fazendo nítido, tudo para
um clássico. "Mad train" é a próxima, e o melódico trem se desgoverna
pra um 'hardão' compacto com um grande passeio no cadenciamento. "My
heart" é a próxima. Linda música!!
A essa altura do cd a banda já confirmou sua
sonoridade, sua qualidade musical. É outra faixa épica. A balada forte que se
encaixa muito bem. "Someone" me traz Lacrimosa na lembrança. Uma
faixa de estilo! Gosto dos 'elementos estranhos' inclusos na música. O refrão é
sempre constante no trabalho da banda. "Far away", cadenciada, traz
um trampo mais arrastado, mais melancólico, chorada as guitarras rs. Tem o
piano dando um tom clássico e vocal bem conduzido, com a bateria dando firmeza
a música. "Viking soul" vem pra fechar este registro. Muito feeling
seguido por um andamento nervoso. Pude ver o clipe dessa música e curti demais.
É realmente voltada ao viking, aos grandes hinos, ao refrão característico do
estilo. Alma viking, define muito bem como o próprio título. Detalhes técnicos
sempre me escapam a mente, mas com certeza, é um registro de muita
musicalidade, merecendo atenção. A gravação soa limpa e talvez pudesse ter sido
deixado mais 'suja', o que não causa grande problema em meio a tanta coisa boa.
Parabéns a banda. Espero poder apreciar novos trabalhos e uma performance ao vivo. \m/
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